quinta-feira, 12 de setembro de 2013

3:50 pm

a insônia
já não me culpa
por tudo o que não fiz
ontem e amanhã não termino
já não me amarra
em correntes sobre a cama
(no porão do navio negreiro
um escravo caduco
em língua desconhecida
teme o porvir)
meu olhar passeia pelo quarto
sonda espacial
em busca da palavra fugitiva
(passou pela cabeça
feito mosca, nunca consegui matar)
o barulho da TV do vizinho parece
final feliz, hollywood dreams

queria perguntar a você
(ele sacode pelas ladeiras
frevo de Olinda sonho adentro)
o que achou do final
do poema com ou sem
hollywood dreams





Nenhum comentário:

Postar um comentário